Manchas e Melasmas
Sardas e melanoses
O caso mais simples são as efélides, nome formal das pintinhas no rosto, porque respondem à Luz Intensa Pulsada sem riscos de piorar, já que estão na parte mais superficial da pele. Mas é natural que elas escureçam durante o verão e tornem-se mais claras no inverno. “Outro método que pode ajudar é o microagulhamento, também recomendado para suavizar rugas e marcas de expressão, combater a flacidez facial e melhorar a textura da pele”, conta Luceli Brito, Fisioterapeuta Dermatofuncional. Nesta técnica, são feitos minúsculos furos para estimular as células responsáveis pela produção de colágeno e, consequentemente, renovar a região danificada. Agentes despigmentantes e protetor solar também devem ser associados.
As melanoses, conhecidas popularmente por “manchas senis” por serem frequentes em pessoas mais velhas, também podem ser resolvidas por meio da Luz Intensa Pulsada. As pigmentações, que surgem no rosto, no colo, nos ombros e no dorso das mãos e dos braços ao longo da vida, têm rápida melhora com lasers e peeling químico.
Fitofotodermatose
Ao fazer caipirinhas em festas na piscina, espremer limão sobre a isca de peixe na praia ou tomar aquele mate geladinho, é importante tomar cuidado e lavar bastante as mãos e áreas eventualmente atingidas. As frutas cítricas e ácidas, como limão, figo, lima ou abacaxi, podem causar manchas escura, bolhas de queimadura ou vermelhidão nas mãos, nas pernas, no rosto ou no buço. As fitofotodermatoses, manifestadas após o contato de substâncias químicas eliminadas por plantas, podem demorar um pouco para desaparecer, mas são simples de serem evitadas.
Melasmas
O melasma pode ser provocado pelo sol, sim. Mas existem outros vários fatores: uso de anticoncepcional, reposição de hormônio e gestação. Morenas, orientais e negras têm maior predisposição a esta mancha – não que pessoas branquinhas não possam desenvolvê-las, mas é raro. “A primeira coisa que a pessoa precisa colocar na cabeça é que o melasma não tem cura, tem controle. É como se o rosto, a região mais atingida, se programasse geneticamente para se bronzear mais do que as outras partes do corpo, produzindo mais melanina”, explica Luceli Brito
Tipos
- Melasma epidérmico: Quando há depósito aumentado de pigmento através da epiderme (camada mais superficial da pele).
- Melasma dérmico: Caracterizado pelo depósito de melanina ao redor dos vasos superficiais e profundos.
- Misto: Quando se tem excesso de pigmento na epiderme em certas áreas e na derme em outras regiões.
Ainda há três tipos comuns de padrão facial de melasma, o malar (maçãs do rosto), centrofacial (testa, bochechas, acima do lábio, nariz e queixo) e mandibular, conforme a região em que aparece.
Antes de começar qualquer procedimento clínico, a fotoproteção adequada é fundamental: bloqueador fator 50 ou além. “Use filtro com cor para proteger contra a luz visível – a iluminação que atravessa as janelas de sua casa ou do escritório –, que não leva ao câncer de pele, mas estimula a pigmentação, formando manchas”, afirma Luceli Brito.
Alguns tratamentos estéticos podem dar certo, outros não. O que comanda neste caso é o organismo de cada um; no entanto, quanto mais métodos associados, melhor. “Por via oral, recomendamos um nutricosmético chamado Oli Ola que auxilia na diminuição da pigmentação; posso dizer que tenho visto resultados”, diz Luceli Brito.
Laser costuma ser muito agressivo para o problema, o único indicado é o Spectra, que reduz o tamanho da célula que produz a melanina. Geralmente, são feitas 15 sessões semanais, mas é preciso prestar atenção aos resultados: algumas pessoas apresentam o efeito rebote, por isso o acompanhamento médico é tão importante para que outros meios sejam testados. “E não adianta optar pelo laser e ficar 15 minutos exposto ao sol sem proteção, porque o melasma pode escurecer”, reforça Luceli Brito.
Os despigmentantes diurnos são produzidos a partir de ácido kójico e mandélico, por exemplo, enquanto o retinoico deve ser aplicado à noite para evitar irritação. Permitida nos dois períodos, a vitamina C é um grande clareador cutâneo, além de ter ação regeneradora. Um aparelho americano chamado Visia Black, presente em alguns consultórios médicos, consegue identificar o grau de profundidade do melasma para que o profissional consiga dar uma orientação melhor para o caso. Luceli também recomenda o fotoprotetor oral. “Comprimidos compostos de licopeno, betacaroteno, Polypodium leucotomos ou Pinus pinaster ajudam a proteger o DNA contra a radiação dos raios ultravioletas”, conclui.
O que é o jato de plasma e para que serve?
O tratamento com jato de plasma pode ser feito a cada 15-30 dias após a pele se recuperar da agressão. Cada sessão dura cerca de 20 minutos e os resultados podem ser vistos logo na primeira sessão de tratamento. Os locais onde pode ser aplicado são:
- Rosto, em rugas e linhas de expressão;
- Rosto e corpo em manchas de sol;
- Em verrugas, à exceção de verrugas genitais e plantares;
- Partes do corpo com dermatose em geral;
- Pálpebras dos olhos;
- Olheiras;
- Manchas brancas na pele;
- Tatuagens pequenas para clareamento;
- Em todo rosto, com o objetivo de obter um efeito lifting;
- Colo e pescoço, para rejuvenescer a pele;
- Estrias brancas ou vermelhas;
- Marcas de expressão;
- Flacidez;
- Cicatrizes.
Cerca de 24 horas após as sessões deve-se usar protetor solar com no mínimo FPS 30 ou superior para proteger a pele dos efeitos nocivos do sol. Além disso, pode ser necessário usar um creme ou pomada específica para auxiliar a cicatrização, que será recomendado pelo profissional que executar a técnica.
Como funciona
O plasma é considerado o quarto estado da matéria, em que os elétrons se separam dos átomos, produzindo um gás ionizado. Ele apresenta-se em forma de radiação luminosa e é formado através de uma corrente de alta tensão, que em contacto com o ar atmosférico, faz com que esses eléctrons se desprendam do átomo. Esta descarga faz com que a pele seja reduzida e com que seja ativado um processo de regeneração, cicatrização, estímulo do sistema imunológico, proliferação e remodelação de colágeno, obtendo assim o resultado dérmico desejado.
Além disso, as membranas celulares da pele contêm canais que servem para transportar água, elementos nutricionais e íons positivos e negativos, e o envelhecimento aumenta a dificuldade de transporte de íons de sódio e potássio. A descarga de plasma é usada para abrir esses canais, permitindo que as células sejam novamente hidratadas e a pele fique mais firme.
O tratamento com jato de plasma causa alguma dor e desconforto e por isso pode-se usar um gel anestésico antes do procedimento.
Cuidados a ter
No dia do tratamento, recomenda-se não aplicar maquiagem na região que se pretende tratar.
Após o tratamento, a pessoa pode sentir uma sensação de queimação, que deve durar algumas horas. O profissional pode aplicar um produto que acalme e ajude a regenerar a área tratada e recomendar o uso por mais dias, além do uso de protetor solar.
Se o tratamento for realizado com o objetivo de rejuvenescimento, a pessoa deve usar um creme específico para o tratamento em casa.
Contraindicações
O tratamento de jato de plasma não deve ser realizado em pessoas que usam marcapasso cardíaco, que sofrem de epilepsia, durante a gravidez, em caso de câncer ou que tenham implantes metálicos no corpo, toma de remédios fotossensibilizantes, como é o caso da isotretinoína, por exemplo.